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Cal em Pasta Envelhecida

É produzida e deriva de processos artesanais e tradicionais, processos estes, que lhe conferem características qualitativas comprovadas pelo laboratório do tempo, tendo em conta a sua utilização por civilizações dos antepassados “Gregos, Romanos e outras”.

Resulta do processo de extinção ou apagamento da cal viva em pedra produzida artesanalmente, denominado “apagamento por imersão” devido à proporção de água ser teoricamente três vezes superior à quantidade de cal viva, obtendo assim uma cal de textura pastosa, de cor branca, bastante concentrada e homogénea. Concluído este processo, é de seguida passada por peneiro de malha micronizada com o intuito de retirar todas as impurezas e resíduos não reagentes, ficando em repouso durante 3 a 5 dias com a finalidade de arrefecer totalmente e embalada posteriormente. Este processo de envelhecimento, estágio ou cura inicia-se após o embalamento da cal aérea em pasta em barricas plásticas de 120litros onde repousa durante meses a fio, durante o tempo de repouso ocorre o processo de decantação “a água submerge à cal”, enriquecendo a cal qualitativamente.

Consideramos o tempo de estágio mínimo de 2 meses pelo facto de a partir deste momento já se denotarem alterações na composição da cal, que permite a execução de trabalhos de maior exigência. A relação tempo de envelhecimento/aplicação é definida mediante diversos fatores, nomeadamente a exigência do trabalho final e a experiência do aplicador face à aplicação em execução

Aplicações:

  • Pinturas de cal aérea ou caiações, permitindo a adição de pigmentos naturais;
  • Base na produção industrial de tintas;
  • Construção civil (restauro, reabilitação, reconstrução e obra nova);
  • Como ligante e base para argamassas ou rebocos de cal aérea, produzidos em obra ou em processos industrial pré-doseados (rebocos finos, barramentos, etc.); 
  • Artes decorativas (pinturas de alta decoração, estuques, frescos e outras).
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